quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Revolta e protesto na poesia brasileira

Um poema de O desvio das gentes foi publicado na antologia Revolta e protesto na poesia brasileira: 142 poemas sobre o Brasil, organizada por André Seffrin.



Uma palavra sobre o livro: os 79 autores escolhidos vão, em ordem cronológica, de Gregório de Matos a Elisa Andrade Buzzo. Poetas mortos com o passe de valor alto, como Carlos Drummond de Andrade e Oswald de Andrade, não estão lá. Muitos outros estão, porém, inclusive este autor, com "Revalidação de diplomas", poema sobre a Líbia, a London School of Economics, o falecido Gaddafi e seu filho Saif al-Islam, que anunciou neste mês sua candidatura à presidência. 

Seffrin avisa, na nota que introduz o poema, que "qualquer semelhança com a realidade atual brasileira é mera coincidência"; de fato, no Brasil ainda não se pode dizer "abriram a via para o humano/ pisando os restos do soberano".


segunda-feira, 10 de maio de 2021

Julián Axat sobre o Desvio e sobre Quadro de Força, de Fabio Weintraub

 O escritor e jurista argentino Julián Axat, em "Dos poetas brasileños", escreveu em fevereiro sobre O desvio das gentes para El País digital. Ele fez o mesmo com Quadro de força, de Fabio Weintraub, também editado com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Na matéria, há também traduções de alguns dos poemas por Coti López.

Segundo Axat, trata-se de "Dos libros, tan claramente hermanados, que funcionan como si fuera uno." Com efeito, trata-se de dois livros escritos pós-golpe (ele usa como referência o filme de Petra Costa, "Democracia em vertigem", na Argentina “Al filo de la democracia”) que tentam abordar as ruínas do país. Dito isso, ele destaca a diferença formal entre os dois livros:

A diferencia de Pádua, en donde el método jurídico se deconstruye en la cadencia quebrada de sus versos y el desvío en el lenguaje es una forma de denuncia; en Fabio, el erotismo de los cuerpos hablan por el poeta, llevándolo cual flâneur a territorios marginales cargados de violencia e inversión, donde el bestiario encuentra su modo de resistencia.

Concordo. Noto, porém, que há um erro na introdução na nota biográfica que antecede meus poemas traduzidos: jamais lecionei na USP. Além disso, creio que não fui traduzido para o inglês.

Sigam o blogue de Axat: https://elniniorizoma.wordpress.com/.


"O Pulso", de Marco Aurélio de Souza, e "O ciclone da ordem do mundo"

O professor e poeta Marco Aurélio de Souza publicou a obra de crítica O pulso: decálogos sobre a poesia viva (Ponta Grossa: Lambrequim, 202...