quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Lançamento de O desvio das gentes com Monstruário de fomes, de Ruy Proença, em 24 de outubro

Confirma-se o lançamento de O desvio das gentes no dia 24 de outubro na Biblioteca Municipal Álvaro Guerra, na Avenida Pedroso de Moraes, 1919, no bairro de Pinheiros (no portal da Prefeitura, há instruções de como chegar).
Escrevi, para o convite, que:
"O desvio das gentes" é o sexto livro de poesia de Pádua Fernandes. Com apresentação de Taís Franciscon, a obra busca empregar a experimentação formal para uma investigação literária do cosmopolitismo. A polifonia de vozes e ruídos irrompe nos poemas para instaurar divergências políticas e diferentes visões de mundo, em tempos de crise política e colapso ambiental: "O desastre governa,/ a lama financia,/ a bomba entrevista na tevê/ o candidato à catástrofe". Esse projeto foi realizado com apoio da Secretaria Municipal de Cultura - 2ª. Edição do Edital de Publicação de Livros na Cidade de São Paulo.
De fato, creio que estamos em uma época de catástrofes e, entre os ruídos do livro, estão explosões de bomba, gritos de socorro, máquinas em pane, além dos sons inaudíveis do labor das bactérias. Para quem quiser confirmar presença no facebook, esta é a ligação: https://www.facebook.com/events/1327111614115929/



A boa notícia é que o livro será lançado junto com Monstruário de fomes, de Ruy Proença, que também ganhou o edital de Fomento à criação da Prefeitura de São Paulo e criou uma página na internet para o seu livro: https://www.facebook.com/Monstru%C3%A1rio-de-fomes-422650534952403/. Será outro livro a sair pela Patuá.
A partir das 18:30h do dia 24, nós dois falaremos sobre os livros novos e os pretéritos; depois, daremos autógrafos. É a segunda que vez tenho esta sorte. Quando lancei em 2015 Cidadania da bomba e a edição brasileira de Cálcio, Proença fazia o mesmo com Caçambas na Casa das Rosas.
Poucos meses depois daquele lançamento, Victor da Rosa publicou a resenha "Ruy Proença e seus poemas de escavação da vida urbana", em que bem viu que "nas duas partes do livro, o poeta se dedica a conversar com monstros, compondo também uma espécie de 'monstruário'"; Caçambas apresentava "uma teratologia precisa do mundo contemporâneo, este morto-vivo".
Essa palavra, como se sabe, é drummondiana. No genial poema "Mineração do outro", temos o verso "monstruário de fomes enredadas", mas cuidado com onde a ler: a Nova Aguilar publicou uma edição da poesia completa que destrói essa invenção, reduzindo-a para a palavra corrente e aceita pelos corretores automáticos de ortografia, mostruário.
A poesia de Ruy Proença frequenta a teratologia há algum tempo. O monstruário dele, agora, terá algum contato mais forte com Drummond? Os leitores poderão conferir ainda este mês.

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